MAURICE JOSEPH RAVEL

( Cibourne, França 1875 - Paris, França 1937)

 

RavelMaurice Ravel nasceu no dia 7 de março, filho de Joseph e Marie Ravel. A origem basca, pelo lado materno, e a proximidade da fronteira espanhola deram-lhe o gosto pela Espanha.

Quando estava com 7 anos de idade, seu pai notou-lhe o ouvido para a música e decidiu que o menino deveria ter aulas de piano. A família mudou-se para Paris, onde o pequeno Maurice pôde estudar com Henri Ghys, seu primeiro professor de piano.

Aos 12 anos de idade, tornou-se aluno de composição de Charles-René, que ensinou-lhe harmonia, contraponto e os princípios da composição. Em 1889 Ravel entrou para a classe de piano do Conservatório de Paris. Foi o ano da "Exposition Universelle", onde Debussy maravilhou-se com  a música javanesa, enquanto Ravel adquiria o gosto pela arte oriental.  Sua música, de extraordinária unidade e limpidez, e de tradição clássica, ganhou com isso em colorido e originalidade.

Aos 26 anos obteve, com uma cantata, o segundo lugar no Prêmio de Roma. Nesta época já era autor de Les Sites auriculaires (1895), para dois pianos e de Pavane pour une infante défunte (1899). Ao candidatar-se novamente, em 1904, havia composto Jeux d'eau (1901, para piano), o quarteto de cordas em fá maior (1902-03) e Shéhérazade (1903). Mas não foi sequer admitido às provas eliminatórias e esta injustiça tornou-o arredio para o resto da vida. Em 1920 recusaria a Legião de Honra.

Ravel tinha o fascínio das coisas difíceis e insólitas. Algumas das suas peças, como Gaspard  de la nuit (uma série de três peças para  piano - 1908), o concerto para piano e orquestra em ré maior (Concerto para a mão esquerda, 1931) e a sonata  para violino e violoncelo (1920-22) parecem desafios que o compositor se tenha proposto para resolvê-los com brilho. O balé Daphnis et Chloé (1909) foi composto a pedido de Diaghilev. L'Enfant et les Sortiléges (1925) põe em música um libreto de Colette.

Um desastre de automóvel (1932) teve como sequela a doença que afetou sua memória e a coordenação dos movimentos. Uma cirurgia cerebral, como último recurso, não teve êxito.

Outras obras: Miroirs (1905), Ma Mére l'Oye (1908), Valses nobles et sentimentales (1911), Le Tombeau de Couperin (1917), La valse (1920), Alborada del Gracioso (1907), Rapsodie espagnole (1907), Bolero (1928), etc.

 

Bibliografia

Enciclopédia Barsa - Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

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